domingo, 20 de novembro de 2011

Um passado de luzes contra um presente de trevas


Conheço pessoas que conhecem e admiram muito a história do Botafogo, mais torcem por outro time. A maioria das justificativas são, que o tempo do Botafogo já passou, ou mesmo que ele desconhece o Botafogo de hoje em dia, e o pior é que... Essas pessoas estão certas.

Conversando com pessoas mais velhas, eu as vejo descrevendo um Botafogo lindo, um orgulho nacional, um futebol de encantar o mundo, dribles que tiram fôlego de qualquer um. Grandes goleadas no Maracanã, torcida bonita e unida que jamais desistia do time. Um time que tinha ambição, que queria ganhar tudo, que metia medo nos adversários. Éramos o pior pesadelo do Flamengo, do Vasco... Nos torneios que disputávamos naquela época, os adversários precisavam de dois jogadores para marcar Garrincha, e não conseguiam. Tinha Nilton Santos, Manga,Didi, Quarentinha, Maurício, Gérson, éramos o orgulho da seleção brasileira.
Tínhamos tudo para ter um presente perfeito e ainda mais glorioso. Ninguém podia nos parar, só o tempo...

O tempo passou, tudo mudou. Agora temos como presente, o oposto do passado.
Somos realmente um time alvinegro: Temos um passado de luzes contra um presente de trevas.
Sim, trevas... Nesses últimos anos, só ganhamos um campeonato carioca, títulos brasileiros só temos 2: Um rio – são paulo e outro de 1995. E os nossos adversários? Todos eles tem títulos atuais, enquanto nós botafoguenses vivemos presos e iludidos dentro de um museu.

ACORDEM PRA REALIDADE:  Cadê o “botafogo que eu gosto? Que eu conheço?”


Ás vezes eu me pergunto: E se Garrincha ainda tivesse vivo, ele teria orgulho de um dia ter vestido essa camisa? Ele torceria ainda pro Botafogo?  Ele teria agüentado ver essa palhaçada? Essa falta de título? Essa falta de garra? Essa falta de respeito e de compromisso com os torcedores?

Sinceramente, as pessoas que passaram pelo Botafogo, não merecem, nem por um segundo sequer, presenciar esse presente de palhaçada, esse presente que não sabe o que é ser campeão Brasileiro, esse presente que não tem vergonha do futebol que não mostram. Eles não merecem ver um time que foi um dia, orgulho da maior seleção do mundo ser mal tratada e abandonada assim pelo povo, não merecem ver seu time ser desrespeitado assim pelos próprios jogadores.

Se for pra continuar com essa palhaçada, por respeito aos nossos ídolos, mudem o nome do time. Assim não irá sujar ainda mais o nosso passado de glórias com esse presente de desastres.

E ainda me resta pensar no nosso futuro... Como ele será? Será que essa falta de amor a camisa acabará? Será que a estrela solitária voltará a ser alegria? Voltará a brilhar? Será que voltaremos a ser o Botafogo base da seleção? o Botafogo de orgulho, de paixão? Seremos os maiores, os melhores?

Fazemos algo que nos encaminhe para um bom futuro? Ou no fim seremos só um time com história bonita, que foi desvalorizado e esquecido?


 E quando eu tiver filhos? Eu terei orgulho de torcer pelo Botafogo? Eles terão prazer em ver o Botafogo jogando? Ou eles terão vergonha do meu time? Será que verei títulos para contar para os meus filhos? Eles torcerão com orgulho para o mesmo time que eu?
Ou meu time ainda viverá como um museu, esquecido no tempo?

As vezes é bom pensar no futuro da história do nosso time, ás vezes é bom saber que o passado do Botafogo não merece esse presente que se encaminha para um futuro ainda mais obscuro.

Pena que só nós torcedores pensamos na história do Botafogo, o time não.

Queria poder escrever mais sobre o que meu coração sente, mais só consigo até aqui.




 Saudações Alvinegras, @IarinhaCosta_


E FELIZ 2012!

3 comentários:

  1. Muito bom o texto, parabens!!! nossas glórias estão no passado e nosso futuro se apresenta muito obscuro...

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  2. Parabéns, Você Falou tudo, Agora Vamos Torcer pra isso tudo que está hoje com o nosso Glorioso mudar, precisamos ser de novo O BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS... O GRANDE GLORIOSO

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  3. Texto de ótimo gosto e visão correta dos fatos á época, o contexto histórico hoje é outro, infelizmente

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